Karmômetro (?)
tende a bom
Botas geram energia utilizando o calor dos pés
As galochas Orange Power Wellies podem ser uma excelente opção energética para quem caminha bastante.
Por Nátaly Dauer
A fabricante Orange apresentou hoje um excelente gadget para quem gosta de caminhadas e tem preocupação ecológica: um novo par de botas que aproveita o calor da transpiração dos pés para carregar telefones celulares.
Modelo de botas (protótipo) capaz de gerar energia por sua sola. Crédito: EcoFriend.
As “Orange Power Wellies”, criadas com a colaboração dos especialistas em energias renováveis da GotWind, vêm com uma sola produtora de energia, que transforma o calor úmido dos pés em uma corrente elétrica utilizável, apelidada de “welectricity”.
Doze horas andando, trabalhando, passeando ou realizando outras atividades com as galochas Orange Power Wellies nos pés pode levar à geração de energia térmica suficiente para abastecer um celular com o equivalente a uma hora de carga. Porém, quanto mais quentes os pés, mais energia é produzida, explica o site de notícias da empresa.
Além disso, carregar o aparelho é bastante simples, basta apenas conectá-lo na saída de energia – em um espaço próprio para encaixar o aparelho no calçado.
A energia coletada na sola da bota é gerada por meio de um processo conhecido como efeito Seebeck. Na parte interna da sola, existem módulos termoelétricos compostos de pares de materiais semicondutores tipo P e tipo N, formando termopares, que são conectados eletricamente em um conjunto (termopilha). Em seguida, são presos entre duas placas finas de cerâmica, e quando o calor dos pés atinge uma das placas e o frio (vindo do chão da rua, por exemplo) atinge a outra, a eletricidade é gerada.
Dave Pain, diretor administrativo da GotWind, acredita que as Wellies são importantes por não apenas manter os pés de seus donos secos, mas por também fornecer uma fonte de eletricidade ecológica muito importante.
A Orange é conhecida por desenvolver equipamentos energéticos sustentáveis, como as barracas com paineis de energia solar, lembra o site EcoFriend.
Mas o bizarro do sistema é que ele aproveita a tênue diferença térmica entre a pele e o chão, mas não a energia de impacto desperdiçada toda vez que caminhamos. Se a bota aproveitasse os dois tipos de dissipação, mais energia seria gerada – e, ainda por cima, o calçado ganharia um solado mais macio pela necessidade da absorção de impacto.
As botas ainda são um protótipo e não estão disponíveis para a venda, mas serão apresentadas ao público pela Orange no festival britânico de Glastonbury, no fim do mês.
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