Na luta para não perder audiência para a internet, as TVs abertas se esforçam para levar para a telona o jeito de exibir conteúdo da web.
Quem parece mais inspirar os diretores de TV brasileiros é o comediante francês Remi Gallard, que brilha na web ao com pegadinhas e esquetes de “reality humor” em seu site NimPorTeQui. O sucesso de Gallard foi até post neste blog, em março deste ano.
Há alguns meses, um de seus quadros mais bem sucedidos ´O Impostor´ foi imitado pelo programa Pânico na TV, que usa o mesmo método de fazer-se passar por outra pessoa para chegar perto de famosos e aplicar-lhes pequenas traquinagens.
No caso do Pânico, a inspiração na web é tão clara que o impostor deles posta fotos de suas peripécias no orkut. O jeito descolado do Pânico é, aliás, um dos responsáveis por levar a audiência mais jovem do Fantástico para a Rede TV.
Há três semanas, para rebater o impostor do Pânico, a Globo recorreu ao impostor original. Esquetes de Gallard vão agora ao ar todo domingo na Globo. Tudo devidamente licenciado.
O sucesso de Gallard na TV aberta brasileira acontece em pleno ano da França no Brasil. Enquanto saraus, peças de teatro e filmes franceses tiveram dificuldades para atrair o público nacional, o escracho de Gallard parece ser o melhor da cultura francesa que a TV aberta pode nos oferecer.
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