Por Antonio Blanc
A Google demonstrou nesta semana durante a conferência NIPS 2009 (Neural Information Processing Systems 2009) em Vancouver, no Canadá, um novo algoritmo de busca para reconhecimento de padrões em imagens mais rápido que qualquer coisa que possa ser executada nos gigantescos datacenters atuais da empresa. O segredo? Computação Quântica.
Segundo Hartmut Neven, líder da equipe de reconhecimento de imagem do Google, o algoritmo roda em uma máquina desenvolvida pela canadense D-Wave Systems, conhecida como “computador quântico adiabático”.
Longe de ser um computador no sentido a que estamos acostumados, a máquina é uma espécie de “acelerador de cálculo”, que recebe um problema de um computador tradicional e, usando o princípio da superposição quântica, encontra a solução testando todas as possibilidades ao mesmo tempo. Este é o principal atrativo da computação quântica, já que nossos computadores atuais trabalham de forma sequencial, testando uma possibilidade atrás da outra.
O problema proposto como teste foi encontrar um objeto (um automóvel) em um conjunto de imagens. Segundo a revista New Scientist, os pesquisadores primeiro “treinaram” a máquina para reconhecer carros, alimentando-a com um conjunto de 20 mil imagens. Metade delas continha um veículo, e a outra metade não.
Uma vez treinada, a máquina foi alimentada com outras 20 mil imagens, e resolveu o problema “mais rápido do que os algoritmos clássicos usando os computadores que temos em nossos datacenters”, disse Neven. O desempenho exato, entretanto, não foi revelado.
Para os interessados, um “paper” descrevendo o algortimo pode ser encontrado no sitearxiv.org
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