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quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Twitter produz vinho e Google faz documentário por uma boa causa


PAULA GIL
da Efe, em San Francisco
Depois de se tornar a menina dos olhos da internet graças a seu sistema para enviar mensagens curtas a uma comunidade quase infinita de seguidores, a rede social Twitter acaba de entrar em um mercado bem diferente: o de vinho.
O Twitter anunciou que produzirá uma série limitada de garrafas das uvas Pinot Noir e Chardonnay, que serão vendidas a US$ 20 nos Estados Unidos. Do valor arrecadado com as vendas, 25% será doado para a organização Room to Read, que luta contra o analfabetismo nos países em desenvolvimento.
SXC
Twitter envereda pelo mercado de vinhos; renda de garrafas de uvas Pinot Noir e Chardonnay, a R$ 20 cada, será revertida
Twitter envereda pelo mercado de vinhos; renda de garrafas de uvas Pinot Noir e Chardonnay, a R$ 20 cada, será revertida




















Mas o serviço de microblogs não tem a intenção de colocar seus programadores para colher uvas.
O Twitter contará com a colaboração da Crushpad, uma empresa de San Francisco que produz vinhos personalizados. O cliente escolhe todos os detalhes da bebida, como a variedade da uva, tonel ou desenho da garrafa, e a Crushpad produz o vinho e até permite que o consumidor siga os detalhes do processo por webcam.
A rede social também manterá seus usuários informados sobre a evolução de sua primeira safra de vinhos por meio de mensagens de não mais de 140 caracteres, claro.
Biz Stone, cofundador do Twitter, disse que o site escolheu a Room to Read porque sua forma de trabalhar sintoniza com a filosofia da companhia.
"Como empresa, queremos encontrar formas de ter um impacto positivo no mundo", acrescentou.
Mas não a equipe do Twitter não é a única. Todas as grandes empresas dos EUA dão grande atenção a seus departamentos de responsabilidade social corporativa e procuram melhorar sua imagem pública por meio de projetos humanitários ou de caridade.
O setor tecnológico, que conta geralmente com muito capital à sua disposição e brilhantes recursos humanos, têm os projetos mais originais e de maior alcance.
A Yahoo! for good, divisão humanitária do site Yahoo!, tem em andamento diferentes iniciativas em áreas como meio ambiente, defesa do consumidor, liberdade de expressão e segurança na internet.
A companhia promove, por exemplo, o voluntariado de seus empregados dando a eles um dia livre por ano para trabalharem como voluntários no projeto que desejarem e contribui com até US$ 1.000 por ano em doações a organizações não-governamentais.
A rede social virtual Facebook também conta com seu departamento de responsabilidade social, que tem quase o mesmo nome do da Yahoo!.
Facebook for good é uma plataforma na qual os usuários da rede social podem compartilhar suas experiências sobre como o site os ajudou a impactar sua comunidade positivamente, contribuir para uma boa causa ou, simplesmente, fazer alguém feliz.
"Encontrei um cachorro perdido e graças ao Facebook localizei seu dono a 2.400 quilômetros de distância", relatava recentemente uma usuária da rede social.
Mas a mais ativa é, talvez, o Google, que conta com sua própria ONG e, como é habitual na companhia, tem diferentes atividades que pouco ou nada têm a ver com buscas na internet.
O Google.org investe em empresas que trabalham em projetos para diminuir o custo da produção de energia eólica, solar e geotérmica, e concede bolsas de estudos para pesquisadores com projetos que considera promissores.
Apesar de contar com uma equipe de 45 pessoas, a organização também libera os funcionários do site de busca de suas atividades normais para atuarem em prol da comunidade. Segundo seu contrato, eles podem dedicar 20% de seu tempo de trabalho a outros projetos que considerem interessantes.
Como exemplo, a Google.org organizou um teste de uma frota de automóveis elétricos com os motoristas que fazem as fotos do Street View --um serviço da Google que mostra imagens das ruas de diversas cidades como se o usuário estivesse a pé-- para comparar seu consumo com o de outros modelos no mercado.
Além disso, a organização da Google entrou em outras áreas completamente diferentes e inclusive participou da produção do documentário "The Final Inch", sobre a luta contra a poliomielite, que foi indicado ao Oscar de 2009.

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