O colunista Nicholas Kristof, do New York Times, sugeriu um boicote ao Bing, por conta da forma que a ferramenta de buscas interpreta caracteres em chinês simplificado, quando a busca é realizada fora da China, e quando os termos possuem palavras politicamente “delicadas” ao país.
Um dia depois, em um postagem em seu blog, Adam Sohn (da Microsoft) respondeu ao comentário de Kristof, alegando que algumas buscas em chinês realmente não forneciam “resultados muito balanceados”. Ele continuou dizendo:
“Nós reconhecemos que podemos continuar a melhorar a relevância destes resultados, e faremos isso. Além disso, após algumas investigações, percebemos que nossa busca por imagens não está funcionando corretamente, quando os termos de busca utilizam caracteres em chinês simplificado. Identificamos o problema e estamos trabalhando para corrigi-lo. (…)”
Em um post no NY Times, Kristof apontou que o Bing certamente não é o único a ter problemas com termos “delicados” para a China.
“Este problema também está acontecendo com o Google, mas em uma extensão menor. O Google censura os resultados da sua
ferramenta de busca na China, mas oferece resultados não-censurados usando caracteres em chinês simplificado no
Google.com. Porém, algumas buscas de imagens no Google, como “Falun Gong”, também foram censuradas.
É… parece que o problema aqui não é tanto com o Bing. O problema parece estar com a natureza opressora do governo da China, em relação à Internet. Porque não boicotar a China, até que essa palhaçada acabe? O governo Chinês mantém uma lista enorme de sites bloqueados, incluindo Facebook, YouTube, Wikipédia, e até o New York Times.
Além disso, os problemas com as ferramentas de busca são causados pela necessidade de se separar as funções de censura, dentro e fora da China. O Bing pode até ter esquecido de alguns detalhes técnicos, na busca por imagens, mas o problema real é o próprio governo chinês. Porque Nicholas Kristof não sugere um boicote à China?
Fonte: LiveSide.net
