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segunda-feira, 17 de maio de 2010

Na mão: Alienware M11x, um pequeno extraterrestre


Na mão: Alienware M11x, um pequeno extraterrestre

por Leonardo Martins
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Como em todas as vezes que um notebook Alienware, da Dell, aterrissou no INFOLAB, a chegada do M11x também criou rodinha de curiosos. Mas a maior dúvida dessa vez ficou no campo do “como eles diminuiram tanto aquelas máquinas?”. O M11x tem tela de netbook, peso de notebook e configuração entre os dois mundos.

Para quem se acostumou ao tamanho surreal dos notebooks da Alienware, como o M17x ou o M15x, que normalmente servem mais para substituir o desktop do que ser carregado por aí, o M11x aposta em mobilidade. Mesmo menor, ele não abre mão daquele design já característico dos Alienwares, com o logo alienígena no topo e na parte interna, teclado iluminado e acabamento indiscutivelmente bom.

Um dos pontos positivos é que, mesmo com o espaço reduzido, o teclado do M11x é bem fácil de utilizar e se acostumar, com teclas espaçadas, boa resposta e acabamento cheio de pose e luzes. Mas o curioso é que o modelo é mais um desses que sofrem de crise de identidade: com tela de 11,6 polegadas, com resolução de 1.366 por 768 pixels, ele é um notebook ou netbook?
A discussão segue por dois caminhos. Primeiro, o M11x pesa mais que um netbook comum. Enquanto há modelos com 1,5 quilo, o robusto Alienware atingiu 2 quilos na balança do INFOLAB. Ou seja, ele pode ser mais prático que seus irmãos maiores, mas não parece ser uma das soluções mais práticas e leves para quem procura mobilidade.
O segundo ponto importantíssimo fica na configuração: o M11x que chegou ao INFOLAB tem processador Core 2 Duo SU7300, de 1,3 GHz, 4 GB de memória RAM e 500 GB de espaço interno.Nas placas de vídeo, aquelas que arregalam os olhos de qualquer gamer, ele não decepciona: além de uma Intel GMA 4500MHD, com 64 MB dedicado, ele tem uma GeForce GT355M com 1 GB de memória dedicada. Já na parte de conexões ele também empolga bastante, com saída HDMI, DisplayPort, 3 portas USB, leitor de cartões e até porta FireWire.

Porém, uma das apostas da Dell com o M11x é em um dos pontos em que os Alienwares mais sofriam nos testes do INFOLAB: duração de bateria. Utilizando uma tecnologia bem próxima à Optimus, da NVidia, ele tem gráficos intercambiáveis. Traduzindo, quando você estiver em uma jogatina, ele utiliza toda a potência da placa de vídeo de 1 GB para não te decepcionar. Mas se você só estiver escrevendo um texto ou jogando Campo Minado, é só apertar function + F6, ele desliga a placa de vídeo dedicada, economizando consideravelmente a bateria. A Dell promete até 6,5 horas de duração de bateria. Não acreditamos que ele chegue lá em testes pesados, mas se passar dos 55 minutos do M15x ou os 73 minutos do M17x, já ficaremos mais felizes.
E é bom economizar uma boa grana caso você queira o M11x. Na configuração enviada para o INFOLAB, a máquina custa 3.918 reais. A versão básica começa em 3.099 reais, mas caso você queira colocar SSD, 8 GB de memória e não tem medo de falir, ele pode custar até 5.877 reais.

YouTube chega aos cinco anos e começa a amadurecer


YouTube chega aos cinco anos e começa a amadurecer
17 de maio de 2010  12h11  atualizado às 14h00

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Página especial comemora o aniversário e traz sugestões de 'curadores especiais' Foto: YouTube/Reprodução
Página especial comemora o aniversário e traz sugestões de ’curadores especiais’
Foto: YouTube/Reprodução

No começo deste ano, o mais popular vídeo de todos os tempos no YouTube - um clipe de 2007 que mostra um bebê britânico mordendo alegremente o dedo de seu irmão mais velho - foi suplantado por uma ousada estreia.
Estou falando do sinuoso vídeo de Lady Gaga para seu single "Bad Romance", que usava como tema a ficção científica. A ocasião simboliza alguma coisa: o YouTube, subsidiária do gigante das buscas online, Google, está amadurecendo. No passado conhecido primordialmente por vídeos sobre gatos que andam de skate, nerds dançando e diversas gracinhas de bebês, o YouTube hoje oferece uma combinação de vídeos mais profissionais que atraem audiências cada vez maiores e mais atentas.
"Nosso maior desafio é garantir que não provemos coisas demais", disse Chad Hurley, o discreto e modesto co-fundador e presidente-executivo do YouTube, em uma longa entrevista na semana passada.
Essa cornucópia de conteúdo parece estar fazendo do YouTube - considerado por muitos um investimento de risco ao ser adquirido por US$ 1,65 bilhão em 2006 - uma das mais inteligentes jogadas do Google. Na segunda-feira, o serviço está comemorando seu quinto aniversário, com o anúncio de que ultrapassou a marca dos dois bilhões de vídeos assistidos ao dia. O YouTube anunciou também que havia atingido a marca do bilhão diário de vídeos assistidos em outubro.
Um dos fatores que reforça a crescente audiência do YouTube é a popularidade de transmissões ao vivo como as de jogos de críquete da Indian Premier League, e a incorporação de vídeos de orientação diretamente aos resultados de busca do Google.
O YouTube também abriga um grande catálogo de vídeos musicais que contêm publicidade, graças à parceria do Google com três das quatro grandes gravadoras norte-americanas, em um projeto chamado Vevo.
Hurley, 33, disse que o foco do YouTube era cada vez mais o de mostrar aos usuários o que seus amigos estão assistindo, como forma de ajudar as pessoas a se orientar entre as dezenas de milhares de horas de vídeo subidas para o site a cada dia. Ele também alega que número cada vez maior de detentores de direitos autorais vem discretamente permitindo que usuários usem trechos de seu conteúdo para mash-ups e paródias, "ainda que muitos deles talvez prefiram não admitir o fato por motivos de negócios".
Hurley se recusou a discutir o desempenho financeiro do YouTube, ainda que tenha mencionado uma tendência geral de melhora nos resultados. Executivos do Google disseram em janeiro que o site, que sempre operou no vermelho, havia elevado sua receita e que o espaço publicitário nas home pages do YouTube em 20 países estava sendo completamente vendido, no final de 2009. Muitos analistas consideram que o YouTube pode sair do vermelho este ano pela primeira vez, depois de cinco anos de grandes prejuízos gerados pelos seus custos de banda e armazenagem.
O YouTube também passou por outra batalha difícil em outro campo: até agora não conseguiu convencer os principais estúdios de cinema e redes de TV norte-americanos de que pode ser considerado como veículo para outra coisa que não trechos curtos de programas mais extensos.
Em janeiro, o YouTube lançou um serviço de locação de vídeo, ainda que só ofereça produções independentes e de estúdios de Bollywood. James McQuivey, analista da Forrester Research, disse que a parceria Vevo entre o YouTube e as gravadoras "demonstra o que o serviço pode fazer ao cooperar com o setor de mídia. Ela é de fato uma das primeira legitimações do YouTube como plataforma comercial".
Hurley indicou que convencer as companhias de mídia a trabalhar com o YouTube deixara de ser uma meta importante, acrescentando que procurar uma cooperação com o Hulu.com, o site de vídeo da Fox, NBC and ABC, "pode ter nos distraído de questões mais importantes".
O Hulu "começa a enfrentar problemas em termos de seu modelo de longo prazo e relacionamento com seus proprietários", apontou Hurley, se referindo à crescente inquietação das redes de TV com a prática de oferecer programas gratuitamente na internet em formato stream, já que a receita da publicidade online é significativamente inferior à da publicidade em TV.
Uma possibilidade é que o YouTube comece a procurar vídeos de outras fontes online, disse Hurley, "indexando mais vídeos onde quer que residam", e conduzindo usuários a eles, mesmo que os vídeos não estejam hospedados nos servidores do YouTube. O serviço já opera o segundo mais popular dos serviços mundiais de busca (atrás, é claro, do Google), de acordo com a comScore.
Um dos fatores que propelem o crescimento do YouTube é a disponibilidade cada vez maior da Internet em televisores familiares, por meio de aparelhos como os gravadores digitais de vídeo TiVo e Roku. O Google está planejando apoiar essa tendência com toda força em sua conferência anual de programadores, que acontece esta semana em San Francisco.
A companhia planeja introduzir a Google TV, plataforma de software para televisão que está desenvolvendo com a Sony, Intel e Logitech, de acordo com pessoas informadas sobre seus planos mas não autorizadas a discuti-los publicamente.
O YouTube deve desempenhar papel importante em conduzir uma ampla variedade de vídeos à plataforma Google TV, e Hurley alegou que a ascensão dos vídeos de internet nos televisores era inevitável. "Não creio que continuará a existir grande diferença entre um celular, um computador e um televisor. Tudo dependerá de tamanho e apresentação", disse.
Por fim, Hurley expressou seu respeito empresarial a um caótico, controverso e subitamente popular serviço, que se parece um pouco com o YouTube de cinco anos atrás: o ChatRoulette. O site, criado por Andrey Ternovskiy, 18, de Moscou, permite que pessoas se envolvam em conversas aleatórias instantâneas com interlocutores desconhecidos.
O ChatRoulette "demonstra que ainda resta muito a ser feito com o vídeo online", disse Hurley, acrescentando que Ternovskiy, que ele diz que gostaria de encontrar, "tem a atenção do mercado e a oportunidade de realizar coisas ótimas".
Tradução: Paulo Migliacci ME